quinta-feira, abril 14, 2011

Creedence Clearwater Revival - Cosmo's Factory [1970]



Uma verdadeira obra prima! Só isso pode resumir o quinto disco lançado pelo Creedence Clearwater Revival, o imponente "Cosmo's Factory". Lançado no auge criativo da banda, em 1970, observamos o quanto a mesma estava entrosada e com grandes idéias a mostrar, resultando em sons diretos e rocks extremamente poderosos, como poucas bandas puderam mostrar em toda sua carreira, e consolidando de vez o nome e o legado deles na história do rock n' roll.

E iniciando esta pérola, temos a energética "Ramble Tamble", com suas empolgantes mudanças de andamento durante toda a canção. Começa como um rock country sem frescura nenhuma e durante seu andamento se transforma em um belo rock n' roll, principalmente em sua passagem instrumental, sendo que aqueles que conhecem apenas os clássicos, ficarão extasiados com a qualidade desta canção, em que a banda dá um show na execução, arrepiando até o último fio de cabelo do ouvinte. Confesso que ao escutar a mesma novamente para fazer a resenha, que foi difícil sair dessa música. Feita para se escutar no volume máximo, até seu vizinho tiozão irá curtir, é certeza!

Após o ínicio arrebatador, temos a releitura de "Before You Accuse Me", um blues originalmente lançado por Bo Diddley e que mais tarde que Eric Clapton faria uma excelente versão. Mas os covers não param por aí, sendo que temos uma maravilhosa versão para "I Heard It Through the Grapevine", gravada dois anos antes por Marvin Gaye e que nos dá uma gigante Jam no final da música. Os músicos não são dos mais técnicos que já existiram na história do rock, mas a raça e a entrega que a banda demonstra nas músicas lançadas por eles conquistam a qualquer um que realmente curta rock n' roll de verdade, como nessa música e na música de abertura do disco, onde eles descem o braço sem dó nos instrumentos.


Mas as músicas de autoria da banda também se destacam, e muito. "Travelin Band" tem o pé enfiado no rock dos anos 50, lembrando os grandes clássicos de Little Richard, e soando sensacional com um John Forgety cantando e muito, assim como em "Ooby Dooby", em que a banda continua com o pé enfiado nas raízes do rock e mostrando o período produtivo e criativo que estavam passando naquele momento.

E finalizando este grandioso disco, temos duas canções que se tornariam clássicos e assinatura da banda, que em toda coletânea da mesma, são músicas obrigatórias. Primeiro temos a conhecídissima e bela "Who'll Stop the Rain", com seu violão característico e que mesmo sendo simples, se torna marcante em sua primeira audição, ficando na mente durante dias. E fechando da melhor maneira possível, temos a triste balada "Long as I Can See the Light", que fecha o disco com um show de interpretação de John Forgety, imprimindo emoção nas linhas vocais, e no belo solo de saxofone encaixado na música, que traz ainda mais emoção e deixa a música mais marcante.

Se fosse descrever mais palavras sobre esse grande clássico do rock, faltariam linhas para isso, então deixarei que vocês escutem e tirem suas próprias conclusões. Recomendo apenas que ouçam no volume máximo. E tenha o mesmo em sua discografia básica!

1.Ramble Tamble
2.Before You Accuse Me
3.Travelin' Band
4.Ooby Dooby
5.Lookin' Out My Back Door
6.Run Through the Jungle
7.Up Around the Bend
8.My Baby Left Me
9.Who'll Stop the Rain
10.I Heard It Through the Grapevine
11.Long as I Can See the Light

John Fogerty: guitarra principal, piano, saxofone e vocal
Tom Fogerty: guitarra rítmica
Doug Clifford: bateria
Stu Cook: baixo

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