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sexta-feira, abril 01, 2011

Iron Maiden - Rock In Rio [2002]


"Rock In Rio" é o 5° disco ao vivo do Iron Maiden, gravado no festival carioca de mesmo nome, no dia 19 de janeiro de 2001. Com um ânimo e um fôlego de se dar inveja, o grupo comemorava a volta dos veteranos Bruce Dickinson e Adrian Smith com uma performance fantástica para 250 mil fanáticos pela banda, que cantavam todos os versos juntos do vocal de Dickinson.

Destaca-se, juntamente da performance da banda, o repertório vasto e abrangente no que diz respeito às diversas fases do Iron Maiden. Não só músicas da fase clássica com Bruce Dickinson nos vocais foram tocadas, como também clássicos da fase Paul Di'Anno, como "Sanctuary" e "Wrathchild", músicas relativamente recentes do disco "Brave New World", como "The Wicker Man" e "Ghost Of The Navigator" e versões de músicas gravadas originalmente com Blaze Bayley nos vocais, como "Sign Of The Cross" e "The Clansman".

Além do repertório diferenciado, as versões ganharam melhor execução, pois temos 3 guitarristas à bordo. O resultado esplendoroso pode ser encontrado em canções como "Dream Of Mirrors" e "The Trooper", que apresentaram complexidade e trabalho bem-feito sem perder o foco principal.

Saudações à uma das maiores bandas do Heavy Metal!

CD 1:
01. Intro (Arthur's Farewell)
02. The Wicker Man
03. Ghost Of The Navigator
04. Brave New World
05. Wrathchild
06. 2 Minutes To Midnight
07. Blood Brothers
08. Sign Of The Cross
09. The Mercenary
10. The Trooper

CD 2:
01. Dream Of Mirrors
02. The Clansman
03. The Evil That Man Do
04. Fear Of The Dark
05. Iron Maiden
06. The Number Of The Beast
07. Hallowed Be Thy Name
08. Sanctuary
09. Run To The Hills




Iron Maiden - Edward the Great [2002]

     Parecia que o novo milênio era um novo começo para uma banda renovada. Tudo novo; até a formação, com três exímios guitarristas. O Iron virou febre novamente. No entanto, o que viria a seguir seria uma banda calcada no metal progressivo - o que causou/causa muita, mas muita estranheza para os fãs das diretas "The trooper", "Can I play with madness", Aces high" e "Run to the hills".

     É saudável frisar que a 'mudança' da banda não é de agora. No álbum "Fear of the dark" (1992), é evidente o flerte com o hard rock - só para dar um exemplo. Às vezes ouço: "O Iron tem medo de arriscar". Como assim?! Ele praticamente tá batendo de frente com o desejo de inúmeros fãs sem-noção que querem outras thenumberofthebeasts. Um radialista americano, após ouvir o novo CD do sexteto, disse: "Eles não sabem mais fazer hits".

     É bem verdade que uma banda precisa disso pra se tornar pop. Prova disso foi a turnê última que a banda fez aqui no Brasil, só com canções antigas - claramente para o agrado dos fãs. E que necessidade é essa de fazer hit? Ao pensarmos assim, estamos querendo músicas que vendam e não que sejammúsicas. Por isso que aprecio o circuito underground. Fazem a música pela música, em troca de algumas boas cervejas geladas nos fins de show.

     Para não parecer mais chato, que quero dizer é: o Maiden não errou, por mais que eu ouça as pessoas dizendo que sim. A exemplo deles, temos os Rolling Stones, com mais de 45 anos na ativa, e não lançam hits desde... desde, sei lá, a década de 1990. E essa é a graça. Eles já são o hit! Ver os Stones no palco é um prazer incomensurável, bem como o Maiden.

     E para rememorar todos os anos de críticas de jornalistas empenhados em difamar (ou não) a carreira da banda, aqui vai um dos greatest hits dos ingleses. "Edward the Great" foi lançado em 5 de novembro de 2002, pela gravadora EMI. Em seus 74 minutos, mostra todo o poder e a precisão de uma das bandas mais importantes do rock. E reúne os sucessos não muito comuns em coletâneas "Flight of Icarus", "Holy smoke", "Infinite dreams" e "Futureal".


1. Run to the hills
2. The number of the beast
3. Flight of Icarus
4. The trooper
5. 2 Minutes to midnight
6. Wasted years
7. Can I play with Madness
8. The evil that men do
9. The clairvoyant
10. Infinite dreams
11. Holy smoke
12. Bring your daughter... to the slaughter
13. Man on the Edge
14. Futureal
15. The Wicker Man
16. Fear of the Dark (live at Rock in Rio)


Iron Maiden - Brave New World [2000]


     “The Wicker Man” já era conhecida de todos à época. Seu clipe foi exibido semanas antes e só serviu para deixar os fãs ainda mais malucos. É a típica música de abertura de um álbum da Donzela, com um riff que vem diretamente de “Running Wild”, do Judas Priest, mas tudo bem. Uma intro marcante e que todo mundo já tentou tocar na guitarra dá início a “Ghost of the Navigator”, que dava a certeza a todos que o velho Maiden estava de volta – mal sabíamos o que o futuro nos reservava... A faixa-título mantém o nível lá em cima, com aquela pegada característica da banda, especialmente no refrão. O momento mais emocionante surge em “Blood Brothers”, composta por Steve Harris em homenagem a seu falecido pai. Uma letra verdadeiramente saída do fundo da alma de quem lamenta esse tipo de situação.

     O Heavy Metal direto, com guitarras em ebulição, retoma a linha de frente em “The Mercenary”. Mas logo a climática “Dream of Mirrors” transporta o ouvinte para uma espécie de mundo paralelo. Talvez a melhor tentativa do Maiden nos últimos anos em fazer uma música longa sem soar pedante. “The Fallen Angel” é um presente aos fãs de um som com melodia, peso e refrão marcante. Poderia estar até mesmo em um dos últimos álbuns solo de Bruce Dickinson. A aproximação com a veia mais progressiva reaparece em “The Nomad”, com seu clima de batalha sangrenta com Eddie nas areias do deserto. A experiência é tão maluca (no bom sentido) que do nada, você já se encontra no espaço sideral em “Out of the Silent Planet”.


     Para encerrar a viagem, vocais dobrados em “The Thin Line Between Love & Hate”, que passou um pouco despercebida por muitos, mas, em minha opinião, conta com a melhor e mais reflexiva letra de todo o play. E a cada dia posso notar com mais precisão que realmente há uma fina linha entre o amor e o ódio. Basta pender para um lado ou outro que as coisas mudam de perspectiva de forma assustadora. Quem você amava, lhe deixa tão puto da vida que passar a odiá-lo é a saída. E quem você via com restrições e mantinha distância, se torna seu melhor amigo. Dave Murray não compõe tanto quanto Harris, Smith ou Dickinson, mas surge com inspirações divinas como essa, de vez em quando.


     O sucesso era esperado, mas Brave New World ainda conseguiu fazer com que toda uma nova geração demonstrasse interesse pelo trabalho do Iron Maiden, que resgatou o trono de maior banda de Heavy Metal do mundo. A turnê, com Queensrÿche e Halford como atrações de abertura, foi um enorme sucesso. O clímax aconteceu no Brasil, quando se apresentaram para 150 mil pessoas (por questões de segurança – leia-se preconceito – a organização limitou o número de entradas para que “os malvados metaleiros não se matassem”) na terceira edição do Rock In Rio. Um CD e DVD foram lançados para celebrar o acontecimento histórico. E também para mostrar que Kevin Shirley e Steve Harris conseguem avacalhar algo legal como poucos.


1 - The Wickerman
2 - Ghost of the Navigator
3 - Brave New World
4 - Blood Brothers
5 - The Mercenary
6 - Dream of Mirrors
7 - Fallen Angel
8 - The Nomad
9 - Out of Silent Planet
10 - The Thin Line Betwe
en Love & Hate


 


Iron Maiden - Raising Hell [1993]



     Filmado no Pinewood Studios, em Londres, Raising Hell foi o ultimo show do Iron Maiden com Bruce Dickinson nos vocais até o seu retorno, seis anos mais tarde. A apresentação foi transmitida ao vivo em sistema pay-per-view para toda a América do Norte. Mais tarde, foi comprada pela britânica BBC e exibida de maneira editada em vários países, inclusive o Brasil, que assistiu na Rede Bandeirantes – que mostrou vários shows bacanas na primeira metade da década de 1990. Contando com a participação especial do ilusionista especializado em números de terror, Simon Drake, o concerto envolveu uma superprodução desenvolvida especialmente para a ocasião.



     Entre os truques realizados por Drake com seus assistentes, estava Dave Murray tendo suas mãos decepadas e Bruce sendo assassinado no final do show – algo que os outros membros da banda gostariam de fazer de verdade naquele momento. Apesar de serem bem interessantes do ponto de vista dramático, as atrações do ilusionista acabavam quebrando demais o ritmo do concerto, tornando tudo um tanto quanto cansativo. É legal assistir uma, duas, quiçá três vezes. Mas depois vai ficando chato de rever – a não ser que você seja um fanático por esse tipo de truque. Portanto, aqui vai um arquivo de áudio apenas com o que realmente interessa, ou seja, as músicas executadas pelo quinteto.


     De cara, podemos notar que uma acusação feita por Steve Harris à época era pra lá de verdadeira. Dickinson não estava se esforçando tanto quanto o resto do grupo, o que fica claro em algumas linhas vocais pra lá de desleixadas. Menos de um ano mais tarde ele estava soltando a garganta em sua carreira-solo como nos velhos tempos. Da mesma forma, ouvir Janick Gers reproduzindo alguns solos de Adrian Smith pode fazer com que os mais conservadores tenham vontade de largar de mão. Mas são pormenores para quem realmente tem a curiosidade de ouvir uma das maiores bandas da história em um momento que seria divisor de águas, encerrando sua fase mais gloriosa.







     Destaques para a sempre espantosa “The Evil That Men Do” (com Simon Drake introduzindo) e “The Clairvoyant”, fazendo a dobradinha de Seventh Son logo de cara. “From Here to Eternity” teve sua parte pós-primeiro refrão até solo tocada apenas com Janick na guitarra, enquanto Dave era ‘mutilado’. A trinca que fecha o show, com “Sanctuary”, “Run to the Hills” e “Iron Maiden” deixa a platéia em êxtase. Nessa, o vocalista se despede de maneira diferente do usual, acrescentando um ‘from myself, Bruce Dickinson’ à tradicional saudação de encerramento. Na seqüência, foi morto – de brincadeirinha, é claro.


1 - Be Quick or Be Dead
2 - The Trooper
3 - The Evil That Men Do
4 - The Clairvoyant
5 - Hallowed Be Thy Name
6 - Wrathchild
7 - Transylvania
8 - From Here to Eternity
9 - Fear of the Dark
10 - The Number of the Beast
11 - Bring Your Daughter... to the Slaughter
12 - 2 Minutes to Midnight
13 - Afraid to Shoot Strangers
14 - Heaven Can Wait
15 - Sanctuary
16 - Run to the Hills
17 - Iron Maiden







Iron Maiden - Somewhere In Time [1986]


     O lançamento do clássico "Powerslave", formador de caráter de inúmeros fãs de metal, foi sucedido por um período certamente experimental na carreira do Iron Maiden. Em pleno auge comercial, o grupo decidiu desbravar novos horizontes através de suas composições, e o primeiro a fazer isso de fato foi o álbum dessa postagem.


  Lançado em setembro de 1986 e mais uma vez sob a tutela do competenteMartin Birch, "Somewhere In Time" traz um Maiden até certo ponto repaginado, com uma cara mais "anos 80" no que diz respeito a sonoridade: a presença de guitarras sintetizadas e uma produção levemente pasteurizada torna o registro atrativo para uns, descartável para outros.


     Até certo ponto, foi o primeiro trabalho do conjunto a dividir opiniões entre os fãs, já que os cinco anteriores eram clássicos incontestáveis do gênero. Ao ver de quem vos escreve, a opção caiu como uma luva para a temática abordada no álbum, tendo em vista que não era conceitual mas retratava temas futuristas - como se pode perceber pela (excelente e muito bem trabalhada) capa e pelo título, que traduzido para o português significa "em algum lugar no tempo".





     Como qualquer outro disco do Iron, o perfeccionismo toma conta das canções. Tudo parece ter sido metrificado e calculado com destreza. Nada parece ter sido inserido por acaso e isso reflete o comprometimento que a trupe sempre teve em dar o melhor de si em cada nova empreitada, mas principalmente aqui. Isso é comprovado ao analisar cada instrumento: o vocal de Bruce Dickinson se mostra poderoso como de praxe, as linhas de baixo de Steve Harris estão mais criativas do que nunca, o trabalho de Nicko McBrain com as baquetas é ótimo e as guitarras gêmeas de Dave Murray e Adrian Smithdemonstram precisão cirúrgica e entrosamento jamais visto anteriormente no metal.

     Além disso, a importância de Smith foi devidamente provada por aqui, pois compôs o álbum todo com Harris, fazendo com que todas as composições de Dickinson fossem rejeitadas, a respeito da temática. Inclusive, Smith foi o responsável por conceber as principais faixas: "Sea Of Madness" e os singles "Stranger In A Strange Land" e "Wasted Years", que chegaram às posições de número 22 e 18, respectivamente, nas paradas britânicas. As vendas gerais do álbum, diga-se de passagem, não desapontaram: disco de platina nos Estados Unidos e ouro tanto no Reino Unido quanto na Alemanha não é de se ficar triste, bem como uma turnê de circulação mundial.

     Tamanha a perfeição de "Somewhere In Time", é impossível fazer destaques particulares. As canções se completam e formam, de longe, uma das obras mais inspiradas do metal. Goste ou não de Iron Maiden, trata-se de um fato incontestável.










1 - Caught Somewhere In Time
2 - Wasted Years
3 - Sea Of Madness
4 - Heaven Can Wait
5 - The Loneliness Of The Long Distance Runner
6 - Stranger In A Strange Land
7 - Deja-Vu
8 - Alexander The Great


Iron Maiden - Piece Of Mind [1983]


     O ano de 1983 foi crucial para o Iron Maiden pois houveram mudanças no grupo. Já começando pelos integrantes: o baterista Clive Burr saiu da banda por conta de problemas pessoais e pelo cansaço das turnês para a entrada do carismático Nicko McBrain, que permanece na line-up até hoje. Apesar de Clive ter sido um excelente baterista, Nicko adicionou mais técnica ao peso do Iron Maiden e sua bateria foi essencial para a mudança sonora pela qual a donzela de ferro passou.

     Em termos de som, "Piece Of Mind" é o primeiro a aderir mais complexidade à fórmula do Maiden. As composições, tanto líricas (que tiveram muita abordagem de livros e filmes) quanto melódicas (que contaram com mais técnica, dobras de guitarra, compassos quebrados e afins), são mais rebuscadas do que nos antecessores. E ainda assim não deixou de esbanjar o brilho e a energia característica dos ingleses. Além do mais, Bruce Dickinson está cantando como nunca neste play e participou mais das composições, o que é um ponto positivo para a banda.

     Ao meu ver, "Piece Of Mind" foi crucial para a carreira do Iron Maiden pois demonstrou que os caras já tinham muito arroz e feijão pra fazer som pesado de qualidade. Os destaques ficam por conta de "Flight Of Icarus", "Revelations", "Still Life" e a eternamente clássica "The Trooper". Com vocês, uma grande aula de Heavy Metal!

1 - Where Eagles Dare
2 - Revelations
3 - Flight of Icarus
4 - Die With Your Boots On
5 - The Trooper
6 - Still Life
7 - Quest For Fire
8 - Sun And Steel
9 - To Tame A Land






Iron Maiden - Beast Over Hammersmith [1982]


     Apesar de ter sido lançado como parte do box set "Eddie's Archive" vinte anos após o acontecimento do concerto aqui presente, "Beast Over Hammersmith" já era figurinha carimbada para os bootleggers e colecionadores de artigos do Iron Maiden. Mas isso não deixou de ser uma ótima notícia para os fãs da banda pois era complicado arrumar registros não-oficiais naqueles tempos.

  "Beast Over Hammersmith" aconteceu em 20 de março de 1982 no Hammersmith Odeon e se deu ainda no começo da histórica turnê Beast On The Road, em suporte para o clássico álbum "The Number Of The Beast", lançado nove dias após esse concerto. Essa turnê foi a única que começou e terminou com a formação que gravou o disco anteriormente citado, com Bruce Dickinson, ainda novato, nos vocais e Clive Burr, que saiu da banda ao fim da turnê, na bateria. Além dos dois, são dignos de menções a dupla Dave Murray e Adrian Smith nas guitarras e, claro, Steve Harris nas quatro cordas mais aniquiladoras do mundo. Pelo momento e pela line-up, já se tem noção do tamanho do estrago...

     O repertório mescla pérolas da fase Paul Di'Anno com mais pérolas do "The Number Of The Beast", além de um outtake deste tocado poucas vezes ao vivo: "Total Eclipse". Muitas músicas nessa set-list não seriam tão abordadas em shows após a entrada de Nicko McBrain ao grupo, como "The Prisoner" (perfeita!), "Another Life", "Murders In The Rue Morgue" e a já óbvia "Total Eclipse", o que deixa essa seleção mais especial ainda.

   Vale lembrar que, mesmo com apenas três discos no curriculum, o Iron Maiden já colecionava clássicos e muitos deles, obviamente, marcam presença por aqui, como "Run To The Hills", "Wrathchild", "Sanctuary" e a eterna "The Number Of The Beast", canção que deu palco para muitas discussões acerca da proposta da banda, entre muitas outras.

Tá esperando o que pra conferir essa verdadeira jóia?

CD 1:
1 - Murders In The Rue Morgue
2 - Wrathchild
3 - Run To The Hills
4 - Children Of The Damned
5 - The Number Of The Beast
6 - Another Life
7 - Killers
8 - 22 Acacia Avenue
9 - Total Eclipse

CD 2:
1 - Transylvania
2 - The Prisoner
3 - Hallowed Be Thy Name
4 - Phantom Of The Opera
5 - Iron Maiden
6 - Sanctuary
7 - Drifter
8 - Running Free
9 - Prowler



Iron Maiden - Discografia com Paul Di'Anno [1979 - 1981]



     Certas coisas duram pouco, porém o tempo suficiente para se tornarem inesquecíveis. Foi o caso das formações com o primeiro vocalista do Iron Maiden, o lendário Paul Di'Anno. Na verdade, a história do Iron Maiden começa bem antes de 1979 [para ser mais exato, em 1975], quando o baixista Steve Harris tenta montar uma banda e conhece, alguns meses depois, o guitarristaDave Murray. O baterista Doug Sampson e o vocalista Paul Di'Anno são recrutados e no Ano Novo de 1978~1979, a banda grava "The Soundhouse Tapes", 3 demos de canções que viriam a aparecer no 1° play da banda [exceto "Invasion", que seria o lado B do single "Women In Uniform"], só que em versões mais cruas e sem guitarra-base. "Prowler" viria a ter destaque sendo tocada pelo Neal Key, o DJ do clube de metal mais famoso de Londres, o que seria uma divulgação e tanto para a banda.

     Agora com grana e contrato com a gravadora EMI, o Iron Maiden lançaria dois dos maiores clássicos do heavy metal. "Iron Maiden" e "Killers", aclamados até hoje pelos fãs do Iron Maiden, fizeram um enorme sucesso no país de origem da banda, a Inglaterra. "Killers" chegou até a fazer sucesso internacional, principalmente nos EUA que estava na onda de "invasão britânica". Um single entre esses dois discos seria lançado, juntamente de um vídeo clipe, e seria o único single lançado de algum cover pelo Iron Maiden. "Women In Uniform", um cover da banda de glam rock Skyhooks.

     Graças à vontade dos japoneses, "Maiden Japan" seria lançado. À vontade dos japoneses porque o Iron Maiden não tinha a intenção de lançar nenhum disco ao vivo no momento, mas os japoneses queriam um disco ao vivo de algum show realizado durante a turnê do "Killers" no Japão. Gravado entre março e julho de 1981 no Nakano Sun Plaza [Tóquio] e Kosei Nenkin Hall [Nagoya], o "Maiden Japan" postado aqui é a versão digipack do disco, ou seja, contém 17 faixas, e não 5 como o EP original.

     Infelizmente, a fase com Paul Di'Anno duraria pouco porque era auto-destrutivo demais, comprometia a performance do Maiden no palco e utilizava cocaína, sendo que nenhum outro membro utilizava drogas. Ainda bem que o Iron Maiden conseguiu o também excelente vocalista Bruce Dickinson, o que é raro em uma banda conseguir um vocalista tão bom quanto o outro para substituir. Porém, aproveite nesse post, talvez, a fase mais criativa do Iron Maiden em termos musicais e líricos. UP THE IRONS!






Iron Maiden - A Real Live One/A Real Dead One [1993]


     A seqüência de discos a seguir foi gravada entre os anos de 1992 e 1993, na turnê do clássico "Fear Of The Dark" que também foi anunciada como a turnê de despedida do vocalista Bruce Dickinson. E a patifaria é tão grande que cada disco merece um texto separado!


A Real Live One [1993]


     Gravado em 9 shows diferentes no continente europeu e lançado em março de 1993, "A Real Live One" foi o primeiro dos "A Real One" a ser lançado. Para quem analisar o álbum separadamente, é inevitável achar que o repertório escolhido é estranho de primeira vista, mas a proposta deste foi compilar canções tocadas ao vivo que tivessem sido lançadas de 1986 para frente (ou seja, de "Somewhere In Time" em diante).


    E a escolha do set-list foi excelente. Músicas que já nasceram clássicas aparecem por aqui, como "Can I Play With Madness?", "Be Quick Or Be Dead", "The Evil That Men Do" e "Fear Of The Dark", que teve essa versão lançada como single.


    A banda dispensa apresentações, se mostra competente como sempre: Bruce Dickinson prova (pra variar) porque até hoje permanece como influência para os novos vocalistas do Heavy Metal, a dupla de guitarristas Dave Murraye Janick Gers quebrando tudo, o grande Steve Harris destruindo nas 4 cordas e Nicko McBrain moendo seu kit, além do excelente Michael Kenneyassumindo os teclados ao fundo do palco.


    "A Real Live One", além de ter sido muito bem recebido pelo público fiel doIron Maiden, atingiu o 3° lugar nas paradas da terra natal da donzela e a 11ª colocação nas paradas australianas. Tem o selo Maiden de qualidade, então não deixe de conferir!






1 - Be Quick Or Be Dead
2 - From Here To Eternity
3 - Can I Play With Madness?
4 - Wasting Love
5 - Tailgunner
6 - The Evil That Men Do
7 - Afraid To Shoot Strangers
8 - Bring Your Daughter... To the Slaughter
9 - Heaven Can Wait
10 - The Clairvoyant
11 - Fear Of The Dark



A Real Dead One [1993]


     Gravado em 8 shows diferentes também no continente europeu e lançado em outubro de 1993 (Dickinson já havia saído da banda), "A Real Dead One"segue a mesma proposta do anterior, porém com músicas lançadas desde o primeiro trabalho, auto-intitulado, até "Powerslave", de 1984.


    Novamente um ótimo repertório escolhido pela trupe: apenas clássicos dignos, e houve uma abordagem ao período com Paul Di'Anno como vocalista, resultando em um set-list diversificado e muito bom. Afinal, não dá pra reclamar de um disco ao vivo que traz "The Number Of The Beast","Hallowed Be Thy Name", "Sanctuary", "2 Minutes To Midnight", "The Trooper" e outras.


     A banda demonstra muita competência e o destaque fica para Janick Gers, pois aqui ele não toca nenhuma música de sua época no Iron Maiden e mesmo assim se sai bem, reproduzindo as linhas do grande Adrian Smith(com exceção dos solos, risos), além de sempre dar um show a parte de presença de palco. Não foi à toa que Smith fez questão que Gers permanecesse na banda quando a formação clássica se reuniu.


    "A Real Dead One", como de praxe, também foi muito bem recebido pelos fãs e pela crítica. O single de "Halloweed Be Thy Name" foi lançado e o disco conseguiu 12° lugar nas paradas inglesas e 16° nas japonesas. Confira!







1 - The Number Of The Beast
2 - The Trooper
3 - Prowler
4 - Transylvania
5 - Remember Tomorrow
6 - Where Eagles Dare
7 - Sanctuary
8 - Running Free
9 - Run To The Hills
10 - 2 Minutes To Midnight
11 - Iron Maiden
12 - Hallowed Be Thy Name