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terça-feira, fevereiro 22, 2011

Van Halen - Van Halen II [1979]


Todos sabemos que quando o assunto é diversão e festa, uma das bandas imbatíveis nesse assunto é o Van Halen, principalmente em sua primeira fase. É inegável que Dave Lee Roth seja um dos maiores showmem da história do rock e que no começo de sua história, a banda investisse de maneira maciça na descontração em suas músicas. Sem falar que nesse momento era que Eddie Van Halen mostrava o grande guitarrista que era, com suas técnicas inovadoras para a época.

Após o seu arrebatador disco de estréia, em que ganharam o reconhecimento e venderam milhares de discos, poderia ter surgido a dúvidas de que caminho a banda seguiria dali para frente. Mas ao invés de inovar, aderiram à conhecida máxima de que "em time que está ganhando não se mexe", o que não necessariamente é ruim. Aqui temos aquela mesma pegada contagiante, em que Eddie incendeia as guitarras, Anthony coloca seu baixo para gritar, Alex desce o braço sem dó e Roth dá seu show à parte nas interpretações.

E para iniciar a festa, temos a cadenciada "You're No Good", um cover da cantora Linda Ronstadt, que havia ficado conhecido cinco anos antes, mas que ganhou uma linha de baixo pesada e empolgante, que dá um charme a mais a esta canção. Após este bom começo, que tal se encantar com os mais belos vocais gravados pelo Van Halen e o clima inocente de "Dance The Night Away"? É impossível não se entregar a esta pequena maravilha. Quando você menos se der conta, estará contagiado com o grudento coro criado pelo grupo, e cantando o mesmo o mais alto possível.


A paulada "Somebody Get Me A Doctor" levanta até defunto, em que não existe a possibilidade de escolher algum destaque individual, pois todos aqui incendeiam tudo, em um hard barulhento, vigoroso e matador. Sem falar na performance vocal de Roth, que praticamente implora pelo bendito médico. O descontraído boogie rock "Bottoms Up!" segura bem a peteca até aqui, em que a banda parece apenas se divertir. O hardão cheio de swing e energia"Outta Love Again" te fará querer simular um air guitar ou mesmo tocando bateria de maneira imaginária, pois conquista sem pedir licença nenhuma.

E até o seu final, a banda continua na sua tarefa bem sucedida de entreter o ouvinte da melhor maneira possível, com as aceleradas e barulhentas " Light Up The Sky" e "D.O.A.". Em "Spanish Fly", Eddie agora exibe seu habitual virtuosismo em um violão, com seu solos ignorantes cheios de velocidade e técnica, em que não precisa de mais de um minuto para convencer a qualquer um de que é um monstro nas seis cordas. "Women In Love" é uma legal tentativa de balada, mas como essa não era uma especialidade da casa, temos mais um momento divertido. "Beautiful Girl" encerra este trabalho com bastante barulho e de maneira alegre como é de se esperar.


Um disco que só comprova que por mais que a fase Sammy Hagar seja legal, com David Lee Roth não existia espaço para outra coisa senão a alegria. Talvez seja por isso que muitos aclamem a formação original do Van Halen. Mas como não estou nem aí pra essa discussão, vou mais é ouvir de novo e dar um sorriso de orelha a orelha.




1.You're No Good
2.Dance the Night Away
3.Somebody Get Me a Doctor
4.Bottoms Up!
5.Outta Love Again
6.Light Up the Sky
7.Spanish Fly
8.D.O.A.
9.Women in Love...
10.Beautiful Girls


David Lee Roth - Vocais
Eddie Van Halen - Guitarras, Violões, Backing Vocals
Michael Anthony - Baixo, Backing Vocals
Alex Van Halen - Bateria

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Van Halen - Van Halen [1978]





Um vocalista performático e um dos maiores frontmans da história do rock. Um guitarrista que é aclamado como um dos melhores de todos os tempos, que popularizou várias técnicas no instrumento, sendo a mais conhecida delas o two hands (ou tapping, como você preferir chamar). Um baixista que além de tocar muito, tem excelentes vocais de apoio e um baterista que faz seu trabalho com extrema competência. Essa união resultou na formação de uma das maiores bandas de todos os tempos, o Van Halen.

Banda que primeiramente foi descoberta por ninguem menos que Gene Simmons, que ao vê-los tocando em um bar, ficou impressionado com o som e com o que viu, e financiou a gravação de uma demo, mas que não teve logo de cara uma boa recepção por parte das gravadoras, por acharem que deveriam investir no disco no que no rock n'roll. Mas isso mudaria um ano mais tarde, quando o produtor Ted Templeman ouviu eles novamente tocando no mesmo bar que Simmons os ouviu tocando um ano antes, e sem titubear assinou um contrato com eles, para a gravação de seu primeiro disco, que se tornaria uma das grandes influências para as bandas de Hard Rock americanas que surgiriam na década seguinte.

E abrindo este discaço, temos "Runnin' With the Devil", que já dá uma pequena amostra do que viria daqui para a frente: guitarras cheias de distorção, um vocalista cantando muito,linha de baixo hipnotizante, um baterista descendo o braço e refrães grudentos e pegajosos. Sim amigo, rock em seu estado bruto e daqueles que fazem se apaixonar na primeira audição. E sem tempo de respirar somos presenteados com um pequeno show nas guitarras de Eddie Van Halen, assombrando todo o mundo com "Eruption", onde houve a popularização do tapping e mostrando a sua condição de guitar hero. Quando o mundo pensava que não existiria nenhum outro como Jimi Hendrix ou alguém que revolucionasse o jeito de tocar guitarra, aparece essa pequena obra prima. Incrível, tanto que para se ter idéia, na época a mesma foi criticada por acharem que havia sido gravada por uma máquina.




E mantendo o nível lá em cima, vem o cover da clássica "You Really Got Me", originalmente gravada pelo Kinks e que foi superada facilmente pela excelente e empolgante versão feita pela banda aqui, mostrando o talento dos envolvidos, sendo difícil de se destacar quem se sai melhor. "Ain't Talk About Love" é daqueles rocks para serem cantados a plenos pulmões, um verdadeiro hino rocker, tendo como seus principais destaques os riffs marcantes e solo matador apresentado por Eddie, baixo pulsante de Anthony e refrão divertido e empolgante da mesma.


Outro grande momento desse disco é "Jamie's Crying" onde apareceria pela primeira vez de maneira mais latente uma das características do Van Halen, os potentes backing vocals a cargo de Michael Anthony, além de ter um dos refrães mais tocantes da carreira da banda, e ainda assim mantendo o nível de diversão lá em cima. E Anthony ainda brilharia em "Atomic Punk", cavalgando de maneira desenfreada em seu baixo na música mais densa desse brilhante registro. E não destacarei as outras para não aumentar um texto já grande, mas tudo respira a diversão e genialidade destes dinossauros do rock.


Um disco de estréia brilhante de uma banda que influenciaria toda uma geração. Essencial na discografia de qualquer amante do estilo. Clássico no sentido amplo da palavra.

1.Runnin' With the Devil
2.Eruption
3.You Really Got Me
4.Ain't Talkin' 'Bout Love
5.I'm the One
6.Jamie's Cryin
7.Atomic Punk
8.Feel Your Love Tonight
9.Little Dreamer
10.Ice Cream Man
11.On Fire

David Lee Roth - vocal e violão
Eddie Van Halen - guitarra, guitarra elétrica, vocal de apoio
Michael Anthony - baixo, vocal de apoio
Alex Van Halen - bateria