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A turbulência do Motörhead na década de 1980 se inicia a partir da saída do guitarrista "Fast" Eddie Clarke em 1982. Brian Robertson, ex-Thin Lizzy, assumiu as seis cordas durante pouco tempo, dando espaço para uma dupla de guitarristas: Würzel e Phil Campbell. O baterista Phil Taylor acabou dando no pé, sendo substituído por Pete Gill até 1987, quando voltou para a formação. Até a volta de Taylor, Lemmy Kilmister permaneceu como o único integrante da formação clássica.
As coisas pioraram após o lançamento de "Rock N' Roll" e do ao vivo "Nö Sleep At All", ambos com vendas abaixo do esperado e resultado final longe das perspectivas iniciais da trupe de Lemmy. Tudo isso teve um "dedinho" da gravadora do grupo, GWR Records, e o problema só foi resolvido na justiça, entre 1988 e 1990. Finalmente, no ano seguinte, eis que a trupe pôde voltar a fazer o que estava querendo por um tempo: Rock N' Roll sem intervenções diretas de grandes empresários.
Já no cast da WTG Records, filial da Epic, o Motörhead lançou o grande"1916", que pode ser facilmente considerado como "a volta por cima" dos caras. A sonoridade retomou parte da essência que ficou em "Iron Fist", último a ser gravado com Clarke, ainda em 1982. De fato, o grupo sempre continuou atribuindo música boa nestes 9 anos, mas era sentido que, até esse lançamento, algo faltava.
A ausência desse elemento misterioso que só aqui foi retomado atribuiu a"1916" ótimas canções, com um tímido porém importante direcionamento comercial, que se tornaria mais explícito no sucessor "March Ör Die". Há de se reafirmar que o direcionamento é tímido, pois tudo o que se espera de um bom disco do Motörhead marca presença aqui: riffs poderosos, solos insanos, linhas de baixo pesadas, bateria marcante, composições muito bem sacadas e canções dignas de serem ouvidas enquanto se rouba um conversível em pleno estado do Texas.
Prova de que "1916" é um bom disco foi a boa receção de fãs e mídia. O álbum atingiu a 24ª posição das paradas britânicas e o single de "The One To Sing The Blues" atingiu a 45ª posição dos charts de singles do Reino Unido. Nos Estados Unidos, a recepção foi morna, mas satisfatória, considerando-se que a onda do NWOBHM já havia passado por lá.
Os destaques dessa verdadeira pedrada sonora vão para a incrível abertura"The One To Sing The Blues", para o quase-hino "No Voices In The Sky", para as dignamente motörheaders "Make My Day" e "I'm So Bad (Baby I Don't Care)" e para a divertida "Going To Brazil". Deus não é brasileiro, mas adora o Brasil - não é, Lemmy? Discão!
Prova de que "1916" é um bom disco foi a boa receção de fãs e mídia. O álbum atingiu a 24ª posição das paradas britânicas e o single de "The One To Sing The Blues" atingiu a 45ª posição dos charts de singles do Reino Unido. Nos Estados Unidos, a recepção foi morna, mas satisfatória, considerando-se que a onda do NWOBHM já havia passado por lá.
Os destaques dessa verdadeira pedrada sonora vão para a incrível abertura"The One To Sing The Blues", para o quase-hino "No Voices In The Sky", para as dignamente motörheaders "Make My Day" e "I'm So Bad (Baby I Don't Care)" e para a divertida "Going To Brazil". Deus não é brasileiro, mas adora o Brasil - não é, Lemmy? Discão!
01. The One To Sing The Blues
02. I'm So Bad (Baby I Don't Care)
03. No Voices In The Sky
04. Going To Brazil
05. Nightmare/The Dreamtime
06. Love Me Forever
07. Angel City
08. Make My Day
09. R.A.M.O.N.E.S.
10. Shut You Down
11. 1916
Ian "Lemmy" Kilmister - vocal, baixo
Phil "Wizzö" Campbell - guitarra
Michael "Würzel" Burston - guitarra
Phil "Philthy Animal" Taylor - bateria
Músicos adicionais:
James Hoskins - cello em 11
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