sexta-feira, setembro 30, 2011

Megadeth – Youthanasia [1994]




E para celebrar as 40 mil visitas que completamos hoje, com a ajuda de voces, caros leitores do Imotorhead, lhes trago esse album, que é um dos maiores trabalhos do Megadeth juntamente com Rust In Peace e Countdown To Extinction.

Marty Friedman estava mais entrosado que nunca, David Ellefson, membro fundador da banda, e Nick Menza estavam efetivados havia alguns anos. A formação do Megadeth era incrivelmente estável e aparentemente definitiva. O resultado não poderia ser outro: mortal!
Em 1994 o Metallica amargava um inexplicável ostracismo, provavelmente decorrente da ressaca do sucesso do Black Album, e sua trajetória foi descendente na década. Slayer parecia fazer mais do mesmo e isso estava enjoando. Anthrax estava num vai/ não vai, mesmo depois do fantástico Sound of White Noise. Sobrava só o Megadeth para empunhar o estandarte.

O som fugia um pouco do thrash metal tradicional, dando continuidade ao que foi feito em Countdown. Mas ainda tínhamos o bom e velho Megadeth desfilando sons violentos com letras sobre política, crimes e problemas em geral.


A abertura, com Reckoning Day, nos faz pensar que estamos diante do velho e bom thrash metal da Bay area, apesar de a cadência parecer um pouco lenta para os padrões. O ritmo é quase dançante, e isso é uma heresia em se tratando de Megadeth.




Train of Consequences abre com um daqueles riffs que lembram o que Mustaine fez em Kill ‘Em All, debut do Metallica. As vocalizações estão um pouco mais melódicas do que o usual, e a veia hard rock de Mustaine se apresenta pela primeira vez juntamente com o solo de Friedman, que parece sair daquelas escalas exóticas que fizeram a sua fama em Rust In Peace.




A Tout Le Monde foi o hit do disco, tendo sido regravada posteriormente pela própria banda com a adição de vocais femininos. Mas aqui está a original e, por ser a versão remasterizada, a demo original. Solos dobrados são a cereja do bolo.

Depois desse disco a banda pareceu não mais se entender. Os rumos musicais ficaram confusos e Marty Friedman cada vez mais distante. A sua saída tornou-se, então, inevitável.

Muitos dizem gostar dos discos do Megadeth depois desse, como Risk e Cryptic Writings. Mas o fato é que aqui está o último grande registro com Friedman.

É interessante ver como uma banda que finalmente consegue ser a número 1 deixa a história escorrer por entre seus dedos como se fosse areia.

1. "Reckoning Day" 
2. "Train of Consequences" 
3. "Addicted to Chaos" 
4. "À Tout le Monde"
5. "Elysian Fields" 
6. "The Killing Road" 
7. "Blood of Heroes" 
8. "Family Tree" 
9. "Youthanasia" 
10. "I Thought I Knew It All" 
11. "Black Curtains" 
12. "Victory" 
13. "Millenium of the Blind" 
14. "New World Order" (demo) 
15. "Absolution" 
16. "A Tout le Monde" (demo) 


Dave Mustaine (vocais, guitarra)
David Ellefson (baixo e vocais)
Marty Friedman (guitarras)
Nick Menza (bateria)



Nenhum comentário:

Postar um comentário